Por que só se fala em Plutão?

Você deve ter percebido que todo mundo está super entusiasmado com a ideia de que finalmente poderemos saber como a superfície de Plutão é. E não poderia ser diferente! Se você ainda não está entendendo a grandiosidade do feito, a gente te explica: esta é a primeira vez na história que uma espaçonave estará apta a ver os rochedos e penhascos de Plutão de perto, revelando praticamente um mundo novo para os humanos. E  essa história não começou hoje: os envolvidos na missão estão esperando pacientemente por cerca de 9 anos na Terra.

E a história é muito mais interessante do que vocês imaginam!

A trajetória

A sonda espacial New Horizons, da Nasa, é do tamanho de um piano pequeno, e para chegar a Plutão, ela teve de viajar por mais de 4.828032bilhões de kilômetros. A gente sabe, só de olhar o número, cansa. É muita coisa!

De qualquer forma, a sonda foi lançada em 2006, dos Estados Unidos, a bordo de um foguete chamado Atlas. Ela viajou até Júpiter e usou a gravidade desse planeta como um estilingue para acelerar sua velocidade.  Depois disso, e por um bom tempo, a sonda ficou adormecida e viajou pelo espaço até ser reativada, em dezembro do ano passado.

 Depois de viajar por nove anos, o equipamento conseguiu  hoje (14/07/2015 às 8:50h),  ficar a uma distância de 12.500 km de Plutão – o ponto mais próximo que o equipamento conseguiria alcançar. A marca foi bastante comemorada entre os cientistas especialmente porque desde a sua descoberta, em 1930, muito do que sabíamos sobre o Plutão mudou.

O planeta

Quando em 1930 o astrônomo americano CLyde Tombaugh avistou Plutão pela primeira vez, ele era apenas um pontinho de luz bem distante. Com o passar do tempo, os cientistas conseguiram obter mais informações e gerar imagens cada vez melhores do planeta. A própria sonda New Horizons já conseguiu revelar Plutão como um mundo vermelho com luzes escuras e estranhas na sua superfície. O padrão parece ser bastante único no sistema solar, de acordo com os cientístas da missão. Curioso, né?

Plutão também foi considerado por muito tempo o nono planeta no Sistema Solar e o mais afastado do Sol. Em agosto de 2006, poucos meses depois do lançamento do New Horizons, ele foi reclassificado como “planeta anão”. Na época, a discussão gerou um buzz danado, e você deve ter ouvido falar sobre…

Agora em 2015, finalmente teremos imagens em alta resolução. Com elas, será possível mapear a composição e a temperatura da superfície do planeta e de sua maior lua, Caronte. Sete instrumentos que estão a bordo da sonda vão captar essas imagens para transmitir a Terra. O tempo de transmissão dos dados lá de Plutão até a Nasa, nos Estados Unidos, é de quatro horas e meia.

A primeira imagem deste post é a foto oficial do planeta tirada nesta manhã.  A imagem oficial de Plutão ao lado dos outros planetas do sistema solar também já foi revelada: 

Mas por que levou tanto tempo?

Gente, o universo é grande.

Pra ter uma ideia das distâncias, por aqui a gente lembrou de um site bem bacana que tem tudo haver com espaço, e que vocês deveriam conhecer.

O site é o If the Moon Were 1 Pixel, que faz uma simulação do tamanho do Sistema Solar considerando a lua de um tamanho equivalente a um pixel,  e mostra a dimensão dos astros proporcionalmente, assim como a distância entre eles. É bem interessante perceber como os planetas são muito distantes entre si, e como a gente é pequeno no universo. Vale o clique! Para navegar basta mover a barra direcional para a direita.

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E vocês, o que acham de toda essa história? Conta pra gente nos comentários!